domingo, 15 de maio de 2011

15 de Maio, dia da Familia



12 hábitos ajudam a manter a família unida

No Dia da Família, saiba como é possível fortalecer o vínculo afetivo com pequenas atitudes

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por Letícia Gonçalves
Dia 15 de maio é o Dia Internacional da Família. Crescem os estudos que comprovam como os familiares interferem na nossa saúde física e mental, independente da idade. Uma pesquisa publicada no Jornal da Associação Americana do Coração, por exemplo, comprovou que pacientes da terceira idade se recuperam muito mais rápido de derrame quando acompanhados dos parentes. Já um outro estudo recente da Universidade de Oregon, nos EUA, indicou que pais com dificuldades de relacionamento têm mais chances de ter bebês com distúrbios durante o sono.

Manter o vínculo afetivo é uma vantagem e tanto, mas nem sempre é fácil. "Há famílias que se veem muito, porém as pessoas não são tão próximas, porque tem o componente da afinidade. Construímos vínculos com as pessoas que nem sempre podem existir nas famílias", explica a psicóloga Eliana Alves, do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Confira a seguir alguns ingredientes diários que podem incrementar os laços afetivos e aumentar - de fato - a união familiar. 
  • Respeite os limites - Foto: Getty Images
  • Prorize o bom humor - Foto: Getty Images
  • Crie momentos de convivência - Foto: Getty Images
  • Diálogo permite conhecer melhor o outro - Foto: Getty Images
  • Faça das horas de lazer um momento de família  - Foto: Getty Images
  • Disponibilidade abre espaço para conversas - Foto: Getty Images
  • Livre-se das preocupações do trabalho - Foto: Getty Images
  • Há várias formas de demonstrar afeto - Foto: Getty Images
  • Procure interagir sempre que possível - Foto: Getty Images
  • Saber reconhecer os erros evita grandes conflitos - Foto: Getty Images
  • Fortaleça vínculos com momentos exclusivos
  • Seja um exemplo nas suas atitudes - Foto: Getty Images
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Respeite os limites - Foto: Getty Images
1. Respeite os limites de cada um
Esse é um dos hábitos mais difíceis, pois implica aceitar algumas diferenças. "Cada indivíduo da família tem seu ritmo, seu jeito de vivenciar as coisas da vida. Tanto os filhos como os pais desenvolvem essa percepção do 'jeito de cada um'", conta o psiquiatra Paulo Zampieri, Terapeuta de Casais e Famílias, de São Paulo. Procurar respeitar essas peculiaridades - desde que não sejam preocupantes - pode ajudar a resolver conflitos familiares de uma forma muito mais fácil. 

sábado, 7 de maio de 2011

A REGRA LIBERTADORA


Quase todo dia jornais trazem notícias sobre maus tratos que crianças e jovens impingem uns aos outros, de maneira quase sempre dissimulada, muitas vezes abertamente. O nome internacional dado a esse esporte juvenil é bullying. Esse fenômeno interpessoal atravessa as classes sociais; tanto que até a herdeira do trono japonês foi defendida de um grupo que a importunava, fazendo pouco caso dela. Se até a filha do Imperador, por que não nossos filhos, simples plebeus ocidentais?

O medo de ser tachado de autoritário pode criar uma terra de ninguém nas relações entre jovens alunos e adultos, sejam autoridades escolares ou familiares. É por essa brecha que a crueldade entre colegas grassa, para gáudio de uns e infelicidade de outros.

Cercear a liberdade de a criança manifestar, afinal de contas, uma opinião não é modernamente aceitável. O bullying fica como se fosse não mais do que uma opinião. Fazer pouco caso de alguém não é mais do que emitir uma opinião. Mas o contexto pode impedir o outro de retrucar e se defender.

Foi exibida a pouco tempo, uma novela que se chama “Cama de gato”, onde um adolescente se apaixona por uma garota, cuja aparência não é ideal de seu grupo: ela é gordinha e desengonçada. Está implícito que ninguém deve namorá-la. Muito menos deveria um rapaz tão bonito como o galã apaixonar-se por ela. Nosso herói enfrenta a galera que goza dele, dá risada e vaia. É um belíssimo apanhado das forças que impedem a expressão real de um ponto de vista desviante. Está previsto como a gente deve ser. Não seguindo a regra, seremos objeto de escárnio, exclusão e sei lá mais o quê.

O mau aluno que não é adequado na sala de aula também cai nessa categoria, despertando sorrisos irônicos e outras expressões de desprezo. O rapaz tem que escolher a moça certa, o menino tem que saber jogar bola, ninguém pode ser gordo, muito menos pode chorar. Qualquer comportamento desviante é castigado.

Como enfrentar isso na escola? O que o adulto pode fazer para reeducar dentro da nova ideologia de que “quem não se expressa se estrumbica?” Até onde pode ir a livre expressão, sem cair na crueldade? E por que as crianças, os púberes, são tão intolerantes?

Se os adultos forem os autores das limitações, as crianças ficam mais livres para divergir, inventar e até mesmo criar. Uma escola que tem suas regras fornece o espaço para a conquista, sem que o aluno precise se expressar de forma destrutiva. Se a escola permite fazer tudo, leia-se, se ninguém propõe regras, o aluno acaba atropelando o próximo, aquele que é diferente do que a maioria inventou como correto.

Desde sempre, na aula de Educação Física, aqueles escolhidos para os times logo de início estão tranquilos porque são bons de bola. Os piores serão escolhidos por último, ficando durante minutos em grande agonia. Mas na aula de Matemática, o bom de contas vai tirar nota mais alta. Dentro dessas limitações que cada de um de nós tem, não é preciso caricaturar. O recurso à caricatura tem a ver com a falta de parâmetros. Se a escola estabelecer limites, horário, comportamento em classe, até o malfadado uniforme que já caiu em desuso total, abrem-se muitas brechas para pequenas rebeliões não obrigatoriamente cruéis.

Os professores não precisam ter medo de estabelecer normas, não cruéis, claro, para que os jovens inventem contrapontos. Se eles estão grandemente liberados, o colega passa a ser o contraponto: o gordo, o ruim de bola, o mau aluno, o gago, o que a mãe veste mal.
(Anna Veronica Mautner

quarta-feira, 4 de maio de 2011

UFRN confirma exclusão de mais cinco alunos por uso indevido de argumento de inclusão


Publicação: 04 de Maio de 2011

A Comissão de Sindicância instaurada para apuração de irregularidades na inscrição de candidatos ao Vestibular 2011, com o uso indevido do Argumento de Inclusão (AI), concluiu seus trabalhos e o reitor Ivonildo Rêgo homologou os resultados. Os candidatos  Edriellison Jales de Oliveira (Medicina), Mayla Eduarda Nascimento Silva (Nutrição) e  Livia Caroline Gonçalves de Souza, Roberta Guimarães Rihan , Lázaro Januário da Silva (Odontologia), serão excluídos do concurso.

Segundo a Comissão, outra candidata investigada, que passou para o curso de Medicina, atende ao perfil para a bonificação do Argumento de Inclusão, devido à ausência de provas de que a mesma tenha estudado na rede particular, e recomendou a manutenção da sua matrícula.

A decisão da Comissão tem por fundamento a Resolução do CONSEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) e o Edital do Vestibular, que regulamentam o concurso, em consonância com o princípio constitucional da isonomia. Essa recomendou à UFRN proceder  investigação minuciosa em todos os casos de alunos aprovados com o benefício do Argumento de Inclusão pelo Sistema de Educação de Jovens e Adultos (EJA), inclusive em concursos anteriores.

O despacho do reitor Ivonildo Rêgo, em que ele homologa as decisões da Comissão, foi encaminhada ao Departamento de Administração Escolar para validação do ingresso da candidata que não teve comprovada a passagem pela rede privada e a exclusão dos demais envolvidos.

No caso dos alunos Edriellison Jalles, do Curso de Medicina, e Roberta Guimarães, do Curso de Odontologia, desclassificados no Vestibular sem o benefício do Argumento de Inclusão, a orientação é que sejam preenchidas as vagas com os candidatos, imediatamente, classificados.

domingo, 24 de abril de 2011


Praticar música na infância deixa adulto mais inteligente

Prática musical ajuda na criação de conexões no cérebro que lidam com os desafios da velhice

Inteligência musical: praticar um instrumento quando criança ajuda a lidar com os desafios da velhice Inteligência musical: praticar um instrumento quando criança ajuda a lidar com os desafios da velhice (Jupiterimages)
Aprender a tocar um instrumento musical ainda criança pode ajudar a tornar o indivíduo mais inteligente na fase adulta. Um estudo americano analisou pessoas que tiveram aulas de piano, flauta, clarinete e outros instrumentos na infância. Aqueles que praticavam música quando pequenos tiveram desempenho melhor em testes de inteligência do que pessoas que não tiveram contato com a música. E quanto mais tempo os músicos mantiveram praticando até a idade adulta, melhores eram os resultados. O artigo foi publicado no periódico americano Neuropsychology.

Cientistas da Universidade de Kansas (EUA) dividiram 70 adultos entre 60 e 83 anos em grupos dependendo da experiência musical de cada indivíduo. Depois disso, foram aplicados testes de inteligência. Todos que tinham experiência com música começaram a praticar um instrumento quando tinham cerca de 10 anos e eram amadores. Os resultados mostraram que os músicos foram melhores que as pessoas que não tinham experiência com música.

Aqueles que continuaram tocando um instrumento por mais tempo foram ainda melhor nos testes. Contudo, músicos habilidosos, que ainda continuavam praticando na idade adulta, não foram melhores que aqueles que desistiram em uma idade avançada. Isso indica que a duração do estudo musical seria mais importante do que o fato de continuar tocando quando mais velho.
Para os autores da pesquisa, a atividade musical pode servir como um exercício de desafio cognitivo, fazendo o cérebro mais capaz de acomodar os desafios do envelhecimento. "Estudar um instrumento requer anos de prática e aprendizado. É possível que a prática crie conexões alternativas no cérebro que ajudam a compensar a redução cognitiva fruto da velhice", explicou Brenda Hanna-Pladdy, chefe da pesquisa, em entrevista ao jornal inglês Daily Mail.

Brenda acredita que tanto a quantidade de anos praticando música e o período da vida quando isso acontece são importantes. "Existem épocas cruciais na formação do cérebro que amplificam o aprendizado, o que torna mais fácil aprender um instrumento antes de determinada idade e, portanto, tem um impacto maior no desenvolvimento do cérebro".



domingo, 17 de abril de 2011

Psicopedagogia Carater preventivo e Terapêutico

1. O que é a psicopedagogia?

A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.

2. Quem são os psicopedagogos?


São profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.

3. Onde atuam?

O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).

4. Como se dá o trabalho na clínica?

O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), EOCA, anamnese.
Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença e o que ocorrer, ou seja, fará o enquadramento. Neste momento não é recomendável falar sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá contaminar o diagnóstico interferindo no olhar do psicopedagogo sobre o sujeito. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao final das sessões numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis.

5. O diagnostico é composto de quantas sessões?

Entre 8 a 10 sessões, sendo duas sessões por semana, com duração de 50 minutos cada.

6. E depois do diagnóstico?

O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso.

7. E o tratamento psicopedagógico?

O tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo.
Durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Para isto, o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras situações que forem oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.
O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros.
Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem, organizando, assim, o seu modelo de aprendizagem.
O profissional poderá ir até a escola para conversar com o(a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e poderá dar muitas informações que possam ajudar no tratamento.
O psicopedagogo precisa estudar muito. E muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para conversar, trocar idéias, pedir opiniões, ou seja, fazer uma supervisão psicopedagógica.

8. Como se dá o trabalho na Instituição?

O psicopedagogo na instituição escolar poderá:

- ajudar os professores, auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os alunos possam entender melhor as aulas;
- ajudar na elaboração do projeto pedagógico;
- orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem;
- realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem;
- encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de avaliações psicopedagógicos;
- conversar com os pais para fornecer orientações;
- auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam ter um bom relacionamento entre si;
- Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação.

9. O que é fundamental na atuação psicopedagógica?

A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”.
O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc.
E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores.